Serro as mãos do destino

Data 07/11/2020 15:55:01 | Tópico: Sonetos

Serro as mãos do destino
Saturado das suas brincadeiras
O prazer passa como clandestino
A esta alma que desespera por fogueiras

Fogueiras que apaguem esta vida que assino
Com dor mágoa travestida em bebedeiras
Mas porque é que fazes de mim um assassino?
Será por não gostar do conforto das tuas cadeiras?

É que arranjas sempre forma de comer o meu tino
Deixando-me próximo das beiras
Beiras que são a porta de entrada do divino

E tanto gostaria de sentir outras prateleiras
Esta, tanto sonho que a mino
Afim de deixar a dor e a mágoa solteiras!!!


Bruxelas 10/05/2011


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