Poema sem destino

Data 28/11/2020 12:05:33 | Tópico: Poemas

Cidade deserta,
alegria dilacerada nos últimos
dias esquecidos na solidão
de horas felizes e subentendido.

Indivíduos que não existem mais,
aparecem na companhia do amanhã,
que este mundo de desordenados
seres invisíveis desaparecidos descartou.

A aflição sem susto do nada sabe,
depende de comprimidos compromissados,
na cura singular da embriagues
não ressacada no dia seguinte.

O amor que sinto não existe mais,
só eu, meu corpo, meu destino,
minha figura tatuada na fraqueza
da alegria descartada, e mais ninguém.

TCintra


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