AR-201212

Data 13/12/2020 09:31:19 | Tópico: Poemas

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Tão intensa e lancinante é a dor,
que, alheio, em pontas de pés, se
faz subir ao cume, rasgar nuvens
com os dedos e trêmular as mãos...
Só átimos após, lentamente, se podia tocar com a alma o celeste céu...
Retornar ao sopé a paz de nascente,
de onde corre entre lisos seixos num marulhar qual canção de acalanto...
Calmaria de regato até que a próxima intervenção advenha!... Esquecimento!
Até lá, conforta lembrar os cantos dos búzios, dos canteiros de myosótis, das tardes vagabundeadas pelo cais de pedras enquanto lenta a recuperação...
Olhar turvo perde o veleiro após dobrar o talha-mar, onde dobram também as lágrimas!


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