Prisioneiro

Data 01/01/2021 11:03:37 | Tópico: Poemas

Sou um prisioneiro do teu olhar
Numa furtiva luz em desespero
Luas cruas, corpos de fiar horror
Sem ter ninguém para salvar.

(Isabel Morais Ribeiro Fonseca)


PRISIONEIRO

Sou prisioneiro desse teu olhar
Cheio de ti num torturado esmero,
Numa furtiva luz em desespero,
Branca lua que espelha o negro mar.

Repousa do oceano lá no fundo
Aquele grande amor que inda palpita,
Aquele que forjou a minha dita
Com traço tão real e tão profundo.

Chega um eco distante que não morre
De algum profundo mar desconhecido;
E uma fragrância que na noite escorre

Consegue reviver um mundo ido:
Aquele meu castelo, a minha torre,
A seta enfeitiçada de Cupido.

PRISIONERO

El prisionero soy de aquel mirar,
Lleno de ti, de un torturado esmero,
Furtiva luz, que tan en vano espero,
Luna llena que vibra sobre el mar.

Reposa allá en el reino de Neptuno
Aquel mi gran amor que aún palpita
Que muerto y naufragado resucita,
Rememorando gozos, uno a uno.

Llega un eco distante de otra era,
De algún profundo mar desconocido;
Y la fragancia de esta primavera

Consigue revivir un mundo ido:
Vergel inmemorial, grata ribera,
Y la embrujada flecha de Cupido.



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