Namoro e violência

Data 15/05/2021 17:20:08 | Tópico: Prosas Poéticas


Ó deusa do amor!
Venha donde estiver,
E derrame seu suco d'amor
Nestes sofridos jardins,
Onde sou jardineiro
E guardião dos namorados.
Venha daí…
O amor que vejo,
Já não é o que era:
Beijos sofridos;
Beijos fingidos;
Abraços frouxos;
Violência à solta;
Sorrisos apagados;
Divórcios e lágrimas.
Ó deusa do amor!
Venha, e traga sacola d’amor,
Já estou cansado de podar
Rosas murchas pelas amargas,
Lágrimas, que enlutam jardins
Nas tardes de namoro.
Ó deusa do amor!
Venha repor felicidade
Nestes jardins de romance,
Que já viram tantos nós feitos
E desfeitos, após juras no altar,
Onde se jurara eternamente amar,
Na dor ou na alegria,
Na saúde ou na doença…
Venha daí, deusa do amor!
Antes que os jardins se tornem
Em santuários do desamor.

Adelino Gomes-nhaca



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