Refúgios

Data 24/05/2021 22:54:23 | Tópico: Poemas

Leio palavras
no meio do nada.
Recolho migalhas
que deslizam
na transparência
das águas.

Transforma-se
o futuro adiado.
Borboletas voam
com hora marcada?

Acumulam-se
lembranças
insuportáveis.

Nada preenche
nada. Falta-me
um pouco de tudo
e um pouco mais
de nada.

Onde estão
as pérolas?
Guardaram
a coleção de
bordados?

Acalma-se o
temporal.

Pedaços de coisas encontradas ficaram nas estradas.

Ouço o eco de um
abraço na esquina movimentada.

Um dia hei-de chegar
ao paraíso imaginado.

A mão acaricia
a semente
germinada?

Somos
acorrentados
aos sentimentos
e palavras.

Abro as portas
do romance
imaginado.

Renasce a alma
num corpo alado.

É fácil lutar
pela vida?
Reflito,
analiso,
aguardo.


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