A cidade, o poeta e a imaginação

Data 01/06/2021 04:56:05 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

Da pena do poeta brota toda a dor do mundo
Um alvoroço e o abismo aplaude a triste ópera
A noite assesta o revólver a qualquer cidadão
As estrelas ocultam o pasmo coro do universo
Nos subúrbios da minha caneta há resistência
Não me apresentarei a nenhuma face da morte
As vozes dos fantasmas, no cobre vivo diluídas
As respostas da noite são silêncios impalpáveis
O homem dorme, o gato leso caminha os muros
Esta, cujo nome esqueci, é minha linda cidade
Que percorro com os olhos em caídas lágrimas
Anjos de fogo rugem invulneráveis das nuvens
Relâmpagos, trovões cerram os dias do outono
E com um bom trago da bebida de emergência
Eu faço iluminar a noite com um luar prateado





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