XILOGRAVURA

Data 13/08/2021 02:13:37 | Tópico: Sonetos

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pelas mãos, profundos sulcos,
riscos fortes de oriundo tempo.
rugas, marcas cravadas na face,
disfarces visíveis em relento...

sem glórias e tempestades, véu
assim se vai abruptamente, vida,
sem rol, freios, barreiras e laurel;
morte inconsequente impreterida.

inspiração, lâmina, lápis, papel,
traços inequívocos em relevo;
gravando em celeste o teto, céu.

surge a obra, à posteridade vai
recordando sentires em cortes;
um poema sob ponta de cinzel.



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