As Asas Azuis
Data 04/11/2021 10:29:20 | Tópico: Poemas
| Com asas negras como carvão varo noites sem estrelas Quando a quietude envolve a cidade que reluta dormir Olho alerta para as voltas que o ponteiro do relógio dá
De asas abertas a planar no breu do céu sobre as ondas Não penso em nada mais urgente que voar sem destino Apenas ser feliz, estar tão seguro de mim, quanto de ti
Para as asas que palpitam, do alto, tudo são só formigas Que querem viver sua vida, sem esperar pelas calmarias Que o tempo ensina não se mata sede com água salgada
Às sonoras asas da voz que sibila ao vento a me chamar Não desejo um mar sem ondas nem uma tarde sem brisa Quero meu barco singrando as ondas sob o azul celeste
As asas mortas hão de ressuscitar, novas, reinventadas Qual a quem se prometeu o futuro, a taça deste canto Menestréis sem fronteiras, livres das paredes da ilusão
Porque não vens comigo? Decidas agora ou nunca mais
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