Homérico Mefistófeles
Data 21/01/2022 19:58:27 | Tópico: Poemas
| A brisa quando sonha quem a leva Quebranta o sol do mundo em dois em dois Deixa uma trinca triste no depois No sofrimento desde Adão com Eva.
Se o sonho do seu útero que espera O filho de um futuro equidistante A luz solar revela em seu semblante Que o medo que transforma, regenera.
E quando o sol de gelo em primavera Fazer a rocha vil mudar de cor Pelo jardim da lua um beija-flor Aguarda retornar a besta fera.
Quando surgir um vulto em tal caverna Platão perecerá em seu saber Em sombras que um Fausto faz gemer Druidas, Mefistófeles etcetera.
E assim angeliciais augustos versos Tecem manhãs de galos cabralinos Castros negreiros versos nordestinos Homéricos dilemas submersos.
Rosa do Guimarães e de Pessoa Daquele que cantou a pobre Ismália De um Dante destruído na Itália Que a tradução indígena destoa.
E descortina a calma e os instantes Revelações de pássaros divinos Que o Homem é o mesmo Pai e o mesmo Filho Que o tudo e o nunca mais é como dantes.
E neste instante já agora e aqui Eu findo este poema sem canção. Quem não tiver moinhos, meu irmão, Jamais será Quixote de Dali.
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