A Caixa de fósforos

Data 03/03/2022 13:17:59 | Tópico: Poemas








Muitas vezes, sorrimos e brincamos.
Por vezes, pedimos pão.

Muitas vezes, nos confundem.
Outras tantas, disfarçamos.

Por vezes, há lepra na boca.
Não havendo sonhos, choramos.

Contam-nos que há abrolhos.
Míngua à volta da mesa.

Na delonga, cambaleia-se,
com fome de lobo.

Muitas vezes, simulam,
que não somos crianças.

Outras vezes, metem-nos
as ossadas na noite.

Há momentos, em que a infância
rompe-se da boca.

É nessa hora, que a fantasia desabrocha.
Cresce o espanto, por foliar com uma caixa de fósforos.











Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=361987