
Emboscada
Data 19/05/2022 18:43:35 | Tópico: Poemas
| Emboscado em meus próprios versos te canto este poema Embora preferisse ouvi-lo em tua doce voz como a lembro Sonho petrificado nos recônditos de minha fértil memória Desde que tatuaste teu cantar de rouxinol em minha pele Tua lembrança vem e pulsa comigo, me domina os sentidos Era tanta paixão tu e eu, que nem nos deixamos acreditar Que o destino além da metafísica nos daria uma realidade
Mas, tudo que emerge causa conflito às forças primitivas E a erva daninha teria que ser constantemente arrancada Abrigar-nos em algum oásis perdido, pois corríamos riscos Treitos ao que filósofos chamariam de velhas concepções Mas, são pessoas imbuídas de inveja, olvidadas de paixões Que agiam para nos saquear o sentido, fragmentariamente Criando com sinistra estranheza a desordem e o desajuste
E, foi assim que imergidos no frio da escuridão de inverno Levaram de mim teu calor mágico que irrigava as fantasias Abstraídos da verdade desse amor tomamos outra estrada Nosso olhar se esvaiu sobre os lados tenebrosos da cidade Perdeu-se nossa alma larga, os suspiros da canção de amor O que hoje há, é só um fiapo solto num novelo de mentiras Um emaranhado dos gritos funestos das batalhas perdidas
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