Ao longe muito distante

Data 11/06/2022 05:33:02 | Tópico: Poemas

Não sei escrever o que sinto
A ardência, a que me omito,
Prisioneira dos teus braços.

Olho a pena onde te deitas
Calvário do sol que espreitas
Parto em terra, voo a sós.

Embalando o teu sorriso
Feita de pedra e de mito,
Volto as costas, qual de nós?

Já fechaste as janelas
Pões cortinas, escorrem telas
A porta batendo atroz .

Sinto-me tão pequenina
Isolo-me ave do rio
Caminho que ninguém viu

Ao longe muito distante
Como numa chuva sem estrelas
Alvéola, em levante presa a elas

Saudade, nem quero falar
O tempo há de mudar
Seja no céu ou na terra.


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