depois

Data 11/06/2022 23:41:39 | Tópico: Poemas

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no meio do poema
também existiam ondas em desalinho.

adentravam vazias
sempre que promontórios
esquartejados pelas colossais imagens ao derredor
resistiam a quatro cantos cardeais.

áscuas em terra teimavam ficar estáticas
esparziam memórias inexoráveis
límpidas e extraordinárias por vezes
à passagem de ventos superiores.

e eu
em descompasso total.

por estas viagens intermináveis
enquanto respiro como me ensinaste
pela voracidade temporal.
nesta minha dor transversal entranhada
estranho-te.

depois.


Transversal – Ricardo Pocinho
2022

(“depois”)







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