
Não entortem meu sorriso,
Data 21/06/2022 08:59:28 | Tópico: Poemas
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Não m'entortem o sorriso,
Nem me apontem os braços, Não anotem os riscos, Traços são riscos marcados,
Que as letras são acção, Respiram como qualquer um, Por um par de narinas, "ventas"
Possuem graça, Fantasias, intenções Traçadas, caudas cujo lagarto fugiu,
Autoestradas, calculo e áreas. Não anotem os traços, Traços são riscos espaçados,
Partindo ar e céu, Entre tu e tu e eu, Vêm a mim e saem,
De manso como fossem Almas de anjos, diabos Os traços, vesgos como traças,
Percevejos perante luz intensa, Não apontem os riscos Que traço sem esquadria
Com o chão, A s'quadria dos ombros, Impede-me que volte a cabeça
Ou que olhe pro umbigo, Pra ver onde foi parar o chão. É na esquadria dos ombros
Que corro asfixiado pelo fato Que talhei na linha do solo, De costas e paralelo a mim.
Não apontem os braços, Sendo, são o que separa O inacabado do incompleto
Aquilo que arrisco em memória Da dobra do cotovelo, Poiso do que possuo, intenção ...
Sobejo despeito.
Joel Matos (21 Junho 2022)
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