
o outro
Data 02/07/2022 22:07:38 | Tópico: Poemas
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és-me desconhecido pelo limite das faces do cubo se respiras silêncios.
implodes no centro do mar a norte depois regressam cometas e pirilampos despedaçam-se no areal
enquanto voos diurnos sem asas pelos abismos de corais subitâneos são simétricos aos marulhares.
sim grito quando releio palavras que não escrevi estranhas versos distantes inefáveis. o outro atinge-me. sem piedade.
I "… e o olhar desapegado do sexo neste corpo gasto
fixa-se impenetrável nas mãos postas sobre o peito da mortalha. do crepúsculo
renasce a luz madura rente aos lábios húmidos pelo interminável beijo se a língua cumpre promessas. assim o amor."
não quero abandonar-me. ainda.
Transversal – Ricardo Pocinho 2022
(“o outro”)
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