RANZINZA

Data 28/07/2022 01:50:00 | Tópico: Sonetos

RANZINZA

Eu fico a reclamar de tudo e nada
Como se irritação quase constante
Se tornasse um estado delirante,
Atravessando toda a madrugada.

Lavo-me para a próxima jornada
D'olhos fundos em face a um sol gigante...
Cidade afora, sigo meio errante
E imerso n'uma sombra enevoada.

Por vezes, eu... -- em ápice de fúria --
Tomo qualquer censura como injúria
E reajo com violência desmedida.

Tudo sem externar o que na mente
Me faz passar oculto em meio à gente
Outra estranha fantasia de homicida.

Betim - 27 07 2022


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