Maldade ...
Data 07/11/2022 21:49:14 | Tópico: Poemas
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Maldade,
E o quanto me basta essa, Que ao preservá-la, sinto-a Verdadeiramente minha,
Fracamente mau, eu que Habito num pretenso, falso Ermita s/instituição herança,
E o quanto isso me basta Pra descrever sen'detalhes Dest'outra tensa viagem,
Ao longo de mim mesmo, Da minha vaidade viária, Na verdade uma criatura
Maldosa que por s'colha Sou, mau quanto escura É maldade na Naja preta,
O ferrão da fulva Vespa Asiática com tod'a fúria Que o instinto possa ter,
È quanto me basta, essa Gula a magnânimo canalha Magnífico e inclemente,
Não por "dá cá aquela Palha" nem sequer por Um qualquer delírio de
Grandeza, polui espíritos Quer a anjos ou demónios Mas a maldade suprema
Real com vulto e relevo Eternos, em cabelo, sem Requintes falsos, sou eu
Esse, esse é o meu mal, A minha distinção, o "Graal" Santo, a excelência Maior
Em todo o horrível esplendor De crueldade que de mim Advém e em mim tenho.
Joel Matos ( Novembro 2022)
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