Diz-se da vida que

Data 23/11/2022 11:12:41 | Tópico: Poemas

Ao remoer a doce letargia
Na procura por relevos sentidos,
Naturais de leitura esguia,
Assomam-se todos os amores divididos.

É de gente sem corpo,
Gente que adormece num copo
A encher-se de música quente,
Tão música que quase se sente
Em líquido açucarado,
Fluido, volátil e desbragado,
Consumado de insegurança
E até ondulado sem semelhança.

Retorna a verdade
Depois de percorrer curvas exaustas
E linhas oblíquas, sem travão,
Numa soma de manhãs incautas
Que se vão matando com a idade,
Com as batidas do coração.

Valdevinoxis



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