Nos Limites da Insanidade

Data 18/09/2023 14:05:56 | Tópico: Poemas -> Amor


Nos Limites da Insanidade

Abri um buraco em meu peito
para ver a merda que havia ali dentro.
O sangue escorria, sem jeito,
manchando as minhas mãos.

Demônios tornam tudo imperfeito,
Atingindo-me nos limites que eu engendro,
na sanidade que agora eu rejeito,
clarificando toda a minha imperfeição.

Eu serei todos os funestos funerais,
os adereços encharcados pela chuva;
beberei sangue feito das gotas da uva.

Por onde quer que eu vá, você não vai.
A insanidade me veste como uma luva -
mas este cálice de mim, por favor, Afastai!

Alexandre Montalvan



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