a Esperança dos inocentes
Data 07/02/2024 20:07:24 | Tópico: Poemas
| "Rebeka" - Katarína Vavrová
Não faço julgamentos mas aplico penas aos parcos que me pegam ao colo e dizem Escrever sonetos é coisa pacóvia dizem os mestres do método das artes de escrever
E se me assumo como coisa óbvia em gerúndio apreciando o que se mais me apraz e da terra quente o sol me traz alexandrinos hei de escrever também para os que os querem desmontar das selas de bossas do passado
Para os que contam neles não confiar das modas e rodas do tempo em que não sou das artes nem das letras sou dum mundo inteiro cheio do vazio pleno da vã esperança dos inocentes crentes no dia em que a mosca vá parir dentes aos antros da solitária onde mora o navio naufragado nas nossas mentes doentio sufragado, enterrado, soterrado e mal-amado pelos seus entes da engenharia da matemática serventes da apática hora em que o ponteiro vagueia entre as leis da última ceia doce entre a teia melosa das abelhas mestras onde cegam humanos e se verga a fé dos que veem luz no breu das noites e quentes leem palavras e vírgulas aos doentes livres em queda picada pela vacina da quieta sobrevivência
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