Da Criação - Acto 118

Data 16/02/2024 17:56:04 | Tópico: Poemas

O pensamento bárbaro onde te vez ao espelho
Contornado pelas negras palavras desgastadas
E forradas por letras estranhas desse teu olhar
Faz refém o teu corpo qual pó deste evangelho
Que se esgueirou entre as duas mãos fechadas
Qual quimera dos passados que teimam voltar

O paraíso agridoce onde te adormecem as horas
Feitas das paredes fáceis do báratro moribundo
Perde efémero o tempo que não era de ninguém
O criador fez morte da vida que tão triste choras
Guardou o barro que te moldou num poço fundo
Esqueceu que as lágrimas foram chão de alguém


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