No Fio da Navalha - Acto 121
Data 29/02/2024 18:47:59 | Tópico: Poemas
| O beijo de travo acre e adocicado soube a medo Perdeu-se no toque suave de lábios rubros e sós No corpo rendido às emoções do olhar e da mão E o dia envolvido no desejo acabou ali mais cedo Curvado perante esta parda lua e uma terna voz A esquecer que toda a sua vida fora mera ilusão
Tal abraço sentido e pobre da alma aconchegava Calava e trazia mais sabor que todo o outro ouro Que todo este mundo junto como se fosse só um Ou tu quando ias nessa estrada que não acabava E sem olhar atrás gritaste o meu nome em choro Sem saber porque vamos daqui a lugar nenhum
As palavras desconcertantes ditas fortes e loucas São os sentimentos ímpares dos passos incertos A calcorrear negros labirintos deste inconsciente Estas horas apressadas são tantas e tão poucas Que confundem o lusco-fusco dos mais espertos Vontade indomável de crescer como toda a gente
|
|