Poemas : 

No Fio da Navalha - Acto 121

 
O beijo de travo acre e adocicado soube a medo
Perdeu-se no toque suave de lábios rubros e sós
No corpo rendido às emoções do olhar e da mão
E o dia envolvido no desejo acabou ali mais cedo
Curvado perante esta parda lua e uma terna voz
A esquecer que toda a sua vida fora mera ilusão

Tal abraço sentido e pobre da alma aconchegava
Calava e trazia mais sabor que todo o outro ouro
Que todo este mundo junto como se fosse só um
Ou tu quando ias nessa estrada que não acabava
E sem olhar atrás gritaste o meu nome em choro
Sem saber porque vamos daqui a lugar nenhum

As palavras desconcertantes ditas fortes e loucas
São os sentimentos ímpares dos passos incertos
A calcorrear negros labirintos deste inconsciente
Estas horas apressadas são tantas e tão poucas
Que confundem o lusco-fusco dos mais espertos
Vontade indomável de crescer como toda a gente


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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