Dia Mundial da Poesia - Acto 123
Data 21/03/2024 18:45:38 | Tópico: Poemas
| Assim foram tantas estas vozes de teus avós Lendas tão raras como elas não podia haver Mais valente gente e nação chão algum olhou E tomadas em vida por teus lusíadas faraós Improváveis proezas que somaram tal saber Dão distância ao caminho que o povo sonhou As naus saíram rumo ao lado incerto do olhar Seguidas de perto pelo desejo pintado a medo Pintado na coragem e loucura de sermos mais Ousadas içaram os alvos panos atrás do mar Rindo de motejos desses ribaldos em segredo Querer que todos os homens nasçam imortais Um povo a marchar alá dos vastos horizontes Empunhando espadas e no peito sua vontade Muitos lusos sonhos lh’acolheram ufano louro Sublime tal fama que galgava vales e montes E seus olhos chorados por tamanha saudade Mais que belos se faziam brilhar como o ouro Promessa que outros melhores não houvesse Repetia divina a fé humana dos marinheiros E nela sabores a maresia corridos nas veias Outro amanhã lhe via mais vida se pudesse Trazendo pura a boa herança dos primeiros E doce esse sal atlante das lusas epopeias Jazem no infinito de muitas almas destemidas Ousados passos que esta tua terra viu nascer Cantadas lendas de gentes sem nome ou chão Hordas que bravos da Lusitânia viram caídas O tal amor que maior só por aqui podia haver Renasce neste campo que o mundo fez nação Abraço nestes versos meus os outros só teus
|
|