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Dia Mundial da Poesia - Acto 123

 
Assim foram tantas estas vozes de teus avós
Lendas tão raras como elas não podia haver
Mais valente gente e nação chão algum olhou
E tomadas em vida por teus lusíadas faraós
Improváveis proezas que somaram tal saber
Dão distância ao caminho que o povo sonhou

As naus saíram rumo ao lado incerto do olhar
Seguidas de perto pelo desejo pintado a medo
Pintado na coragem e loucura de sermos mais
Ousadas içaram os alvos panos atrás do mar
Rindo de motejos desses ribaldos em segredo
Querer que todos os homens nasçam imortais

Um povo a marchar alá dos vastos horizontes
Empunhando espadas e no peito sua vontade
Muitos lusos sonhos lh’acolheram ufano louro
Sublime tal fama que galgava vales e montes
E seus olhos chorados por tamanha saudade
Mais que belos se faziam brilhar como o ouro

Promessa que outros melhores não houvesse
Repetia divina a fé humana dos marinheiros
E nela sabores a maresia corridos nas veias
Outro amanhã lhe via mais vida se pudesse
Trazendo pura a boa herança dos primeiros
E doce esse sal atlante das lusas epopeias

Jazem no infinito de muitas almas destemidas
Ousados passos que esta tua terra viu nascer
Cantadas lendas de gentes sem nome ou chão
Hordas que bravos da Lusitânia viram caídas
O tal amor que maior só por aqui podia haver
Renasce neste campo que o mundo fez nação

Abraço nestes versos meus os outros só teus


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 30/03/2024 02:46  Atualizado: 30/03/2024 02:46
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 Re: Dia Mundial da Poesia - Acto 123
Tens versos que inquietam o quebrar das coisas, conforme o verso crepita dentro da gente. Bj