
O Que Impera no Convento
Data 21/04/2024 18:05:05 | Tópico: Poemas
| O que não anda No destino definido pela máquina que comanda? No jogo de cartas marcadas, A voz do povo é programada para não dizer nada.
A maquinação é o meio para o passeio do tubarão. É sem paralelo esse verde-amarelo ser uma casa sem botão. Pensam nesse habitat como um lugar a ser explorado, Não como uma nação em um bom estado.
Comendo o pão que o diabo amassou, O povo fica com o que sobrou. Mocinhos de dentro se juntam aos de fora, Fazem a festa e vão embora, E o seu José sobrevive esperando a hora. A dignidade humana está em chamas, Os caminhos estão sem luz e cheios de lama.
Alguns comemoram a era da informação, Dizem que estamos tendo uma emancipação. Mas as minhas retinas não captam isso não. Eu vejo é muita isca nesta embarcação.
Aqui coerência é uma roupa rasgada levada pelo vento. Conveniência é a moeda que impera no convento. A luz que ilumina não é a luz do dia. Iluminação que deixa o barco da emancipação sem poesia.
Aqui o ser come nas mãos do ter. Por quê? Quem quer saber? Saber por aqui, Só sobre o que a máquina definir: Efeitos do dólar, juros da dívida, risco Brasil... Puta que pariu! Estamos sendo consumidos Como tudo que é vendido.
|
|