Ninguém nem nada

Data 27/05/2024 05:13:57 | Tópico: Poemas

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é do cheiro das maçãs podres cruas
obriga órfãos a compor pereiras
enche no mato as mulheres nuas
soprando balões em tristes trincheiras

toma-se o soro do padre nas beiras
engole-se o suco são do diabo
cura-se do destino sem maneiras
fazendo crescer caudas num só lado

na anatomia aforme vê-se o prado
o chão é da terra terrena fixa
por ninguém nem nada ainda pisado
ou não fosse ele coisa de clarissa

é dos grandes o reino de ouro azul
dos outros o resto, visto de sul


















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