V de Vulgar

Data 02/04/2025 16:40:57 | Tópico: Poemas

Na minha língua, a tua língua
No meu útero, o teu pau
Na minha carne - em ferida - está a maldita letra do teu nome: V (de vulgar).

Fiquei sem saber o que fazer com tudo isto.
Não me deste manual, só algumas palavras rasas com as quais tive de encontrar-me.

Não me ensinaram a não sentir.
Quando fodo, fodo com o sangue, o suor, a saliva e a alma.

Você, pelo visto, só fode com a carne.

Há tantos meses que não te vejo, mas ainda estás aqui.
E a pergunta que nasce junto a lágrima é: por que deixo-te permanecer?


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