LICEU

Data 11/05/2025 13:11:41 | Tópico: Sonetos

LICEU

Palácio do saber, a minha escola
Fez de mim quem eu sou e quem não sou;
Quem, por artes e ofícios, m’ensinou
A poetar desde quando rapazola.

Esse mal de escrever ninguém curou.
Embora julguem algo meia-sola,
O exercício da pena não descola
D’este homem que a vida me tornou.

Faço, defronte ao prédio, reverência
Ao lembrar minha breve experiência
Pelos seus corredores juvenis.

Eu lhe deixo este poema como ex-voto,
Escrito à mão no avesso em minha foto,
De que ali, poeta e moço, fui feliz.

Belo Horizonte - 06 01 2000



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