LICEU
Palácio do saber, a minha escola
Fez de mim quem eu sou e quem não sou;
Quem, por artes e ofícios, m’ensinou
A poetar desde quando rapazola.
Esse mal de escrever ninguém curou.
Embora julguem algo meia-sola,
O exercício da pena não descola
D’este homem que a vida me tornou.
Faço, defronte ao prédio, reverência
Ao lembrar minha breve experiência
Pelos seus corredores juvenis.
Eu lhe deixo este poema como ex-voto,
Escrito à mão no avesso em minha foto,
De que ali, poeta e moço, fui feliz.
Belo Horizonte - 06 01 2000
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.