
Mais uma fuga Encenada
Data 21/05/2025 13:28:40 | Tópico: Poemas
| E cá vou eu, Mais uma vez, A caminho do desconhecido, Um caminho que eu conheço tão bem.
Em busca de um pouco de sol na minha vida, Mas nem mesmo a boa companhia, Consegue afastar as nuvens negras da minha vida.
São nuvens… Que eu próprio pintei, Com as aguarelas roubadas, A esta paisagem fugidia.
Oh, como eu gostaria, Que fosse assim tão simples, Deixar de fugir daquilo que não vejo.
Ainda que a minha companheira de viagem, Me desse a sua mão para sempre, Acho que nem mesmo ela, Que um dia será uma médica, Me conseguirá resgatar, Desta minha nostalgia diária.
Ela não é alquimista!
Mas um dia será curadora… Não das dores da alma, Mas apenas dos males da carne.
Agora sentada a meu lado, Entregue ao seu cansaço, A cada vez que abre as pálpebras pesadas, E o seu olhar se cruza com o meu, Vejo o verde da esperança, A irradiar o seu olhar.
Entraste numa correria louca, Para saciares a tua sede de conhecer mundo, De descobrir o desconhecido, Tal como eu fiz um dia!
Foi então que medimos as nossas mãos, E cheguei à triste conclusão que, Nem mesmo o tamanho da sua mão, Consegue apanhar toda a Minha solidão.
Se ela o conseguisse, Talvez ela a mandasse pela janela, Mas nem mesmo assim ela se livraria DELA, Pois a minha solidão, Sempre foi muito ágil, Muito esperta, Rapidamente nos ultrapassaria, E nos esperava um pouco mais à frente.
Diogo Cosmo ∞ Comboio Lisboa-Porto 08:42 21-05-2025
|
|