E cá vou eu
Mais uma vez
A caminho do desconhecido
Um caminho que eu conheço tão bem.
Em busca de um pouco de sol na minha vida
Nem mesmo a boa companhia
Consegue afastar as nuvens negras da minha vida
São nuvens…
Que eu próprio pintei,
Com as aguarelas roubadas
A esta paisagem fugidia.
Oh, como eu gostaria,
Que fosse assim tão simples,
Deixar de fugir daquilo que não vejo,
Ainda que a minha companheira de viagem,
Me desse a mão para sempre,
Acho que nem mesmo ela que será uma médica,
Me conseguirá resgatar,
Desta minha nostalgia diária.
Ela não é uma alquimista!
Mas um dia será curadora…
Dos males da carne,
Não dos da alma.
Agora sentada a meu lado,
Entregue ao seu cansaço,
A cada vez que abres os olhos,
E o teu olhar se cruza com o meu,
Vejo o verde da esperança,
A irradiar o teu olhar.
Na sua sede de conhecer mundo,
De descobrir o desconhecido,
Tal como eu fiz um dia!
Nem mesmo o tamanho da sua mão,
Consegue apanhar toda a Minha solidão.
Se ela o conseguisse
Talvez ela a mandasse pela janela
Mas nem mesmo assim ela se livraria DELA
Pois a minha solidão
Sempre foi muito ágil
Muito esperta
Rapidamente nos ultrapassaria
E nos esperava um pouco mais à frente.
Diogo Cosmo ∞
Comboio Lisboa-Porto
Acompanhado pela Haley S.
08:42 21-05-2025
DIOGO Cosmo ♾