Para o Próximo Mundo (119ª Poesia de um Canalha)

Data 16/06/2025 16:50:49 | Tópico: Poemas

Mundo mudo de olhar profundo
No segundo que morre a tempo
Doce peçonha na língua pérfida
Que te deslizou o corpo fecundo
Desnudava em seda o destempo
A dormir descompassada tímida

Dor que ao pudor subtrai sabor
À vida sem morte que esquece
As rugas de mãos ainda vazias
Tudo feito com nada sem valor
Que este chão aquece arrefece
A semente com que o seduzias

A criança vingança cega a terra
As raízes de gente sem destino
Deslizaram nestas rubras águas
Na insana vontade da vil guerra
Lágrimas de esse quase menino
Vilãs minhas infindáveis mágoas


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