Poemas : 

Para o Próximo Mundo (119ª Poesia de um Canalha)

 
Mundo mudo de olhar profundo
No segundo que morre a tempo
Doce peçonha na língua pérfida
Que te deslizou o corpo fecundo
Desnudava em seda o destempo
A dormir descompassada tímida

Dor que ao pudor subtrai sabor
À vida sem morte que esquece
As rugas de mãos ainda vazias
Tudo feito com nada sem valor
Que este chão aquece arrefece
A semente com que o seduzias

A criança vingança cega a terra
As raízes de gente sem destino
Deslizaram nestas rubras águas
Na insana vontade da vil guerra
Lágrimas de esse quase menino
Vilãs minhas infindáveis mágoas


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 16/06/2025 16:59  Atualizado: 16/06/2025 16:59
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 Re: Para o Próximo Mundo (119ª Poesia de um Canalha)
Cada dia, a cada olhar, a guerra se destaca em letras garrafais. Cada dia a vingança, e a vingança da vingança e a vingança da vingança da vingança num circulo vicioso de dor sem fim. E as crianças - as mortas e as vivas - são as grandes vitimas. Será que haverá um próximo mundo, além da poesia?
Saudações.