
Para... Algo (120ª Poesia de um Canalha)
Data 18/06/2025 17:24:02 | Tópico: Poemas
| Flores murchas e tristes qu'envaidecem o diabo Arrancadas de um chão só em cores de deserto E de um céu negro sem este sol de mar pintado O silêncio de uma lauda alva vazia qual estrabo Pesteia sua terra que néscia se encolhe ali perto De mão dada com o infinito destino inalcançado
O Homem é a meretriz dos trechos da sua vida E a adaga que infligiu no corpo chagas mortais Que sangram o adultério da palavra a escrever Árvores que cedo morrem de pé por fé perdida Onde adormecem coisas diferentes e tão iguais No leito da última lágrima que aqui ouço correr
A semente que sabendo a história receia brotar E esconde-se destes infelizes filhos da maldição À sombra da nuvem cinzenta que tinha no peito O futuro repete-se assim no seu novo caminhar O sol apõe-se e a lua propõe-se sem inspiração Fecho o livro a pensar se vou continuar defeito
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