Suave candura do beijo dado

Data 25/06/2025 16:20:01 | Tópico: Sonetos

Suave candura do beijo dado,
Na inocente idade que não se tem,
Neste instante em que nada à mente vem,
Nesta hora em que o depois será passado.

Vivo-te, meu nascente postergado,
Também tu no meu casulo refém,
Meu cancro doce assim alimentado,
Como eu fui no útero de minha mãe.

Tomado pela insone sonolência,
Que dita a desdita sem complacência,
Na infinitude da sua mão terna…

Este animal que sou e não hiberna,
Busca sem candeia na noite eterna,
A presença anímica da demência.

08 de Junho de 2009



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=378832