Sonetos : 

Suave candura do beijo dado

 
Suave candura do beijo dado,
Na inocente idade que não se tem,
Neste instante em que nada à mente vem,
Nesta hora em que o depois será passado.

Vivo-te, meu nascente postergado,
Também tu no meu casulo refém,
Meu cancro doce assim alimentado,
Como eu fui no útero de minha mãe.

Tomado pela insone sonolência,
Que dita a desdita sem complacência,
Na infinitude da sua mão terna…

Este animal que sou e não hiberna,
Busca sem candeia na noite eterna,
A presença anímica da demência.

08 de Junho de 2009

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
36
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
0
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.