Memória viva

Data 28/06/2025 00:03:18 | Tópico: Poemas

Nos olhos dos meus avós, há um brilho antigo,
feito de histórias guardadas com zelo e abrigo.
Cada palavra que dizem é ouro que escorre,
um tempo que passa, mas nunca se morre.

Ouvir suas vozes é viajar no tempo,
sentir no coração um suave acalento.
Casamentos, batismos, a infância guardada,
em fotos antigas, a vida contada.

E ali estou eu — presente, inteira,
não só no agora, mas na memória inteira.
Sou parte do riso, do toque, do afeto,
sou a continuação do que é puro e correto.

Coleciono memórias como quem colhe flor,
abraço apertado é minha forma de amor.
Minha linguagem é toque, emoção, sentimento,
demonstrar, falar, viver o momento.

Estar com meus avós é cura e verdade,
um elo de tempo, amor e saudade.
E eu escolho, dia após dia,
ser presença, ser ponte, ser companhia.

Porque no calor do abraço, no brilho do olhar,
há mais que lembranças — há um lar pra morar.


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