Vento que não te vejo, mas te sinto

Data 30/06/2025 13:47:24 | Tópico: Sonetos

Vento que não te vejo, mas te sinto,
Tal como na alma que de mim se apossa,
Já mais devendo aos vapores do absinto,
Do que à memória que foi só nossa.

Neste final momento em que pressinto,
A palavra que na boca se adoça,
Dita e redita por fiel instinto,
Querendo temperar a vida ensossa.

Na solidão que se abraça e no céu,
E nas bainhas de espadas inclementes,
Fazem-se escutar os aços tangentes…

Louco o vento uivando por entre as gentes,
Desejando ardente este seu troféu,
Mas tarde, que se levantou o réu!

19 de Junho de 2009



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