Sonetos : 

Vento que não te vejo, mas te sinto

 
Vento que não te vejo, mas te sinto,
Tal como na alma que de mim se apossa,
Já mais devendo aos vapores do absinto,
Do que à memória que foi só nossa.

Neste final momento em que pressinto,
A palavra que na boca se adoça,
Dita e redita por fiel instinto,
Querendo temperar a vida ensossa.

Na solidão que se abraça e no céu,
E nas bainhas de espadas inclementes,
Fazem-se escutar os aços tangentes…

Louco o vento uivando por entre as gentes,
Desejando ardente este seu troféu,
Mas tarde, que se levantou o réu!

19 de Junho de 2009

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
94
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 01/07/2025 11:44  Atualizado: 01/07/2025 11:44
Colaborador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 1116
 Re: Vento que não te vejo, mas te sinto
Nunca é tarde para uma sentença ou uma absolvição!

um abraço