Sonetos : 

Vento que não te vejo, mas te sinto

 
Vento que não te vejo, mas te sinto,
Tal como na alma que de mim se apossa,
Já mais devendo aos vapores do absinto,
Do que à memória que foi só nossa.

Neste final momento em que pressinto,
A palavra que na boca se adoça,
Dita e redita por fiel instinto,
Querendo temperar a vida ensossa.

Na solidão que se abraça e no céu,
E nas bainhas de espadas inclementes,
Fazem-se escutar os aços tangentes…

Louco o vento uivando por entre as gentes,
Desejando ardente este seu troféu,
Mas tarde, que se levantou o réu!

19 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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