Que nunca me falhe a dor, minha musa

Data 01/07/2025 15:15:28 | Tópico: Sonetos

Que nunca me falhe a dor, minha musa,
Para contar aos filhos da barbaria,
E aos filhos dos filhos da fidalguia,
A todos com quem essa dor se cruza.

É o espírito a sua nevralgia,
Submerso na vida que se recusa,
Reinante na mente a lei da anarquia,
Que o meu coração desaparafusa.

Todo o verso é um dizer bem guardado
No goto deste peito estrangulado,
Que declamado torna-se risada…

Pariu-se a ferros e predestinado
A ser sol numa noite de chuvada,
Às custas da minha alma tão chorada.

22 de Junho de 2009



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=378946