
Para o Exagero de Kaique Nascimento (122ª Poesia de um Canalha)
Data 01/07/2025 17:30:44 | Tópico: Poemas
| As letras bordadas a ouro salivavam de alegria Exacerbado o ego poético deste comum mortal Peçonhento ser que rima com um rumo incerto O rubro olhar tão gelado do poema quase floria Amedrontando com tal cor o poeta pouco jovial Neste verso coroado ele rei só de reino deserto
As pinceladas apalavradas que lhe tingiam a tela Substantivos retoques que o tinham em píncaros Desenhavam um manto de retalhos que o cobria Papéis amarrotados de poesia feita à luz de vela Plágios escritos com a soberba de velhos pícaros Obras de arte sem arte que lhe eram o dia a dia
Davam-lhe a perfeição e o poeta quase lá morria A voz da razão e o poeta louco também não quis O Mundo todo com um quarto de Lua e recusava Nua folha em estradas sem destino e eu escrevia Tudo isso que d'lá viesse e assim me fizesse feliz Tudo mais que cada um odiava e por ódio amava
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