Poemas : 

Para o Exagero de Kaique Nascimento (122ª Poesia de um Canalha)

 
As letras bordadas a ouro salivavam de alegria
Exacerbado o ego poético deste comum mortal
Peçonhento ser que rima com um rumo incerto
O rubro olhar tão gelado do poema quase floria
Amedrontando com tal cor o poeta pouco jovial
Neste verso coroado ele rei só de reino deserto

As pinceladas apalavradas que lhe tingiam a tela
Substantivos retoques que o tinham em píncaros
Desenhavam um manto de retalhos que o cobria
Papéis amarrotados de poesia feita à luz de vela
Plágios escritos com a soberba de velhos pícaros
Obras de arte sem arte que lhe eram o dia a dia

Davam-lhe a perfeição e o poeta quase lá morria
A voz da razão e o poeta louco também não quis
O Mundo todo com um quarto de Lua e recusava
Nua folha em estradas sem destino e eu escrevia
Tudo isso que d'lá viesse e assim me fizesse feliz
Tudo mais que cada um odiava e por ódio amava


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 02/07/2025 16:55  Atualizado: 02/07/2025 16:55
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
Mensagens: 1087
 Re: Para o Exagero de Kaique Nascimento (122ª Poesia de u...
.
.
.
.....

Tudo é relativo devido a singularidade dos sentidos de interpretação de cada um até mesmo na rotulação de exagerado por uma questão de gentileza.



Fica cá ainda a espontaneidade e os asteriscos ( postura sinceramente democrática).


Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 02/07/2025 19:35  Atualizado: 02/07/2025 19:35
Usuário desde: 06/06/2012
Localidade: Macapá/Amapá - Brasil
Mensagens: 5997
 Re: Para o Exagero de Kaique Nascimento (122ª Poesia de u...
Uma estrela cadente quando risca o céu
chama atenção de alguns
e causa êxtase em outros

e assim é!

beijim


Enviado por Tópico
KaiiqueNascimentto
Publicado: 07/07/2025 09:39  Atualizado: 07/07/2025 09:39
Da casa!
Usuário desde: 23/09/2014
Localidade: Francisco Morato - SP
Mensagens: 406
 Re: Para o Exagero de Kaique Nascimento (122ª Poesia de u...
Bom dia, meu amigo.

Confesso que nem sei como responder a uma obra tão bem escrita…
mas também tão difícil de ler quando se carrega o nome nela.
Achei, de verdade, que éramos amigos — e talvez ainda sejamos.
Mesmo com o silêncio e as indiretas, carrego mais gratidão do que mágoa.

Minha escrita é o que sobrou de mim depois das perdas.
Vem das recaídas, da tristeza, da ausência de pudor…
Mas também vem de um amor que um dia foi bonito, e que me destruiu.
Hoje, escrevo como quem grita socorro sem fazer barulho.

Jamais escrevi por vaidade ou aplauso.
Se um dia fui exagerado, foi tentando sobreviver.
E se alguma semelhança com outros autores aconteceu —
nunca foi por má fé.
A gente lê tanto, sente tanto, que às vezes as palavras se confundem.
Mas se houver algo que soe como cópia, me diga. Eu apago.
Não escrevo para repetir, mas para aprender.
E continuo aprendendo.

Foi com você que eu evoluí.
Com a Volena, com a Eureka, com o Upanaca, o Mário52, o JMatos e tantos outros.
Lembro de como todos, com firmeza e até dureza às vezes, apontavam meus erros:
de pontuação, de organização, de enredo.
E sabe o que aconteceu?
Eu escutei.
Doeu, sim. Mas eu fui estudar, eu aprendi, e segui tentando melhorar a cada texto.
Porque mesmo quando as críticas doíam — eram verdadeiras.
E porque vocês me fizeram crescer.

Se em algum momento ofendi, decepcionei ou fui mal interpretado…
me diga. Eu não quero desrespeitar ninguém.
Agora, se quiserem que eu pare de escrever ou comentar por aqui, eu paro.
Mas, por favor, entenda: esse poema me feriu no coração.
Não pela forma, que é belíssima.
Mas pelo gesto.

Porque eu achei que a gente era amigo.
Te peço perdão se minhas palavras te decepcionaram.
Mas também peço que não diminua minha escrita.
Ela pode não ser perfeita, mas é sincera.
Ela vem da alma de alguém que perdeu uma filha,
que foi abandonado por quem amava,
que viu um amigo — Leandro Tavess — tirar a própria vida.
E que escreve para não acabar do mesmo jeito.

Não quero aplausos.
Só quero deixar um rastro.
Porque um dia eu vou embora — e isso aqui é o que me resta.

Com respeito e verdade,
Kaique Nascimento