Um metro e noventa e três sem cartola

Data 04/07/2025 17:08:28 | Tópico: Sonetos

Um metro e noventa e três sem cartola,
Ausência rústica da beleza,
Do verbo declamador, sem escola,
Menos visto assim do que pela franqueza.

No seu roso as batalhas da tristeza,
No dizer a mágoa e a graçola,
Nos gestos o aço e a macieza
Do bem tomado sempre por bitola.

Chamado a unir, foi-se desunindo,
Pela guerra que as duas hostes tomou,
E pelos meninos que viu partindo…

Mas os braços à eternidade abrindo,
Não só pelos que uniu e libertou,
Pelo exemplo também que se tornou.

03 de Julho de 2009



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