Sonetos : 

Um metro e noventa e três sem cartola

 
Um metro e noventa e três sem cartola,
Ausência rústica da beleza,
Do verbo declamador, sem escola,
Menos visto assim do que pela franqueza.

No seu roso as batalhas da tristeza,
No dizer a mágoa e a graçola,
Nos gestos o aço e a macieza
Do bem tomado sempre por bitola.

Chamado a unir, foi-se desunindo,
Pela guerra que as duas hostes tomou,
E pelos meninos que viu partindo…

Mas os braços à eternidade abrindo,
Não só pelos que uniu e libertou,
Pelo exemplo também que se tornou.

03 de Julho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 05/07/2025 11:18  Atualizado: 05/07/2025 11:18
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 Re: Um metro e noventa e três sem cartola
Poema irreverente, informal, apesar de estar inserido dentro de um soneto, e que desperta a nossa curiosidade em saber mais sobre este " gigante gentil". Um forte e fraterno abraço!