Sede de Quase

Data 08/07/2025 19:34:53 | Tópico: Poemas

Beber da luz
foi o início.

Não se oferece sol
em vidro,
nem sombra
em hora de um dia não nascido.

A mão,
presságio.
O nome,
intraduzível.

Ninguém chegou.
Ou talvez sim,
mas antes.

Desde então,
há calor no que não arde
e música
em lugar nenhum.

Só um ruído baixo
seguindo adiante,
como se um resto de mundo
ainda respirasse.

Há lugar aqui
Não se vê,
mas sente e sabe
quem tem sede e olhos para o quase.



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