Poemas : 

Sede de Quase

 
Beber da luz
foi o início.

Não se oferece sol
em vidro,
nem sombra
em hora de um dia não nascido.

A mão,
presságio.
O nome,
intraduzível.

Ninguém chegou.
Ou talvez sim,
mas antes.

Desde então,
há calor no que não arde
e música
em lugar nenhum.

Só um ruído baixo
seguindo adiante,
como se um resto de mundo
ainda respirasse.

Há lugar aqui
Não se vê,
mas sente e sabe
quem tem sede e olhos para o quase.

 
Autor
Aline Lima
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 10/07/2025 02:42  Atualizado: 10/07/2025 02:42
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 Re: Sede de Quase
Há um silêncio tão enigmático, que sabe tirar do inerte o grito. O quase. Suas mãos andam voando. Bjs flor