
Nunca digo teu nome
Data 10/07/2025 22:46:01 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Teu nome, quando vem à minha boca, Vem como um vento que não sabe ser brisa. Traz a presença da que partiu E o peso do que não ficou. Nunca digo teu nome Sem que o peito se feche um pouco, Como se ele soubesse que, ao pronunciá-lo, Eu te chamo do fundo do que restou de mim. Há nomes que se dizem com leveza, Como quem dança. O teu, eu digo com o cuidado de quem pisa Sobre cacos de vidro escondidos na alma. Tua presença Ficou presa nas sílabas do teu nome. Cada vez que o digo, é como abrir a porta Para uma ausência que nunca me deixou. Teu nome é uma âncora lançada dentro de mim. Sempre que tento levá-lo aos lábios, Algo me arrasta de volta para o fundo. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Instagram @poetacacerense
|
|