Poemas -> Desilusão : 

Nunca digo teu nome

 
Teu nome, quando vem à minha boca,
Vem como um vento que não sabe ser brisa.
Traz a presença da que partiu
E o peso do que não ficou.

Nunca digo teu nome
Sem que o peito se feche um pouco,
Como se ele soubesse que, ao pronunciá-lo,
Eu te chamo do fundo do que restou de mim.

Há nomes que se dizem com leveza,
Como quem dança.
O teu, eu digo com o cuidado de quem pisa
Sobre cacos de vidro escondidos na alma.

Tua presença
Ficou presa nas sílabas do teu nome.
Cada vez que o digo, é como abrir a porta
Para uma ausência que nunca me deixou.

Teu nome é uma âncora lançada dentro de mim.
Sempre que tento levá-lo aos lábios,
Algo me arrasta de volta para o fundo.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Instagram
@poetacacerense
 
Autor
Odairjsilva
 
Texto
Data
Leituras
118
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
FragmentosdeSonhos
Publicado: 11/07/2025 01:05  Atualizado: 11/07/2025 01:05
Novo Membro
Usuário desde: 03/07/2025
Localidade:
Mensagens: 1
 Re: Nunca digo teu nome
Como não reler
Que delicia de poema!